sábado, 27 de maio de 2017

Uma análise a respeito de 3 mitos sobre os Chromebooks



Os Chromebooks são equipamentos simples e projetados para trabalhar basicamente na web. Por este motivo algumas pessoas entendem que o Chrome OS não é um sistema operacional de verdade e que não devíamos perder tempo com ele, porém eu tenho um opinião contrária e gostaria de discuti-la com você.

Percebo que geralmente estas pessoas acabam repetindo o que ouvem ou que lêem, sem nunca terem experimentado um Chromebook de verdade. A maioria dos argumentos negativos já não fazem mais sentido ou simplesmente foram mal interpretados. Veremos a seguir 3 equívocos sobre esse sistema e a minha opinião a respeito.

1) Os Chromebooks são limitados


Alguns afirmam que os dispositivos Chrome são limitados. Porém poucos fornecem argumentos para embasar seus pontos de vista. A minha visão deste assunto é que a limitação está associada ao uso que queremos fazer dos nossos equipamentos.

Dependendo do seu perfil, os Chromebooks poderão não atender às suas expectativas. Nunca recomendaria este tipo de equipamento para um designer gráfico ou músico, porém se você é do tipo de pessoa que passa a maior parte do seu tempo em um navegador, acredito que os Chromebooks sejam capazes de suprir suas necessidades perfeitamente.

Os softwares que você está acostumado a rodar no seu PC ou no MAC não estarão disponível nestes computadores, porém se você tiver vontade e tempo para aprender, poderá achar alternativas bem interessantes na web store.

Um outro argumento que ouço bastante é que os webapps não são tão ricos em recursos quanto os nativos das plataformas tradicionais. A verdade é que esta diferença vem diminuindo rapidamente e atualmente já existem programas tão bons quanto os seus equivalentes do Windows ou Mac OS.

2) Só funcionam se houver Internet


Se você parar para pensar, dificilmente uma empresa funciona sem estar ligado o tempo todo na Internet. Se por exemplo, devido a perda de conectividade, o gerente de vendas de sua empresa não conseguir enviar um email importante para concretizar um grande negócio, pode ter certeza que ele ficará no pescoço do gerente de TI até que a situação seja normalizada.

Logicamente, neste meio tempo, existem diversas tarefas que você pode executar offline no seu computador. Editar uma planilha ou ler um documento armazenados localmente são exemplos disso, porém, estas atividades também podem ser feitas tranquilamente em um Chromebook. Se Internet cair você continuará trabalhando normalmente e assim que a conectividade for restabelecida, seus dados serão sincronizados com a nuvem de forma transparente sem qualquer intervenção da sua parte.

A maioria dos softwares da Google são projetados para trabalhar assim: Docs, Agenda, Keep, Inbox, Play Música, Filmes, Livros e Fotos são exemplos do que estou falando. Além desses, há diversos apps de terceiros com a mesma capacidade. Se você tiver curiosidade basta pesquisar na web store do Chrome.


3) O Chromebook é apenas um navegador em forma de computador


Acredito que muitas pessoas têm este sentimento porque fazem uma analogia equivocada entre as interfaces do Chrome e a do Chrome OS. Porém dizer que o Chromebook é simplesmente um navegador em forma de computador é menosprezar o trabalho dos desenvolvedores da plataforma. O sistema tem capacidade de executar funções não existentes em qualquer outro navegador, sendo capaz de gerenciar arquivos, impressoras, bluetooth, som, wireless e funcionalidades de energia do computador. Desconheço qualquer outro navegador que tenha capacidade semelhante.

Algumas pessoas argumentam que o navegador Chrome é capaz de fazer qualquer coisa que um Chromebook pode fazer. Assim acham que não devem perder tempo com eles. O que elas esquecem é que agora os Chromebooks são capaz de rodar apps do Android, algo que não é possível fazer em nenhuma outra plataforma, além é claro, do próprio Android.

Vale a pena comprar um Chromebook?


Muitos que lêem este artigo são técnicos e enxergam que este tipo de computador não atende as suas necessidades. Concordo com eles, já que os Chromebooks não foram projetados para este tipo de profissional.

Mas será que se não serve para eles, não servirá para mais ninguém?

Tente imaginar um perfil de usuário que poderia se beneficiar deste tipo de computador. Pessoas que querem simplesmente ver seus e-mails, conversar com seus parentes distantes, ver um filme na web ou escutar música. Estas pessoas não estão interessadas em saber quanto de memória tem os seus computadores ou para que serve um HD. Querem simplesmente que seus computadores funcionem sem se preocuparem em ter seus arquivos perdidos por vírus ou lidar com problemas técnicos. Para este tipo de pessoa, um Chromebook é uma escolha perfeita.

Perceba que diminuindo a complexidade é possível ter ganho de produtividade porque a chance de algo dar errado é menor. Como é dito sabiamente:  “Às vezes menos é mais”.



quarta-feira, 24 de maio de 2017

Conheça o CloudReady, uma alternativa ao Chrome OS para uso pessoal ou empresarial

Diante dos diversos problemas de segurança e da falta de interesse crescente da Microsoft em manter o Windows 7, torna-se urgente procurar alternativas para substituir este sistema e os já aposentados XP e Vista. O caminho natural seria fazer a atualização para o Windows 10, mas dependendo da configuração do seu computador, você será obrigado a gastar ainda mais dinheiro com a atualização do hardware.

Caso você não queira perder seu investimento e deseja conhecer uma plataforma alternativa, poderá experimentar o CloudReady.

O CloudReady é um sistema operacional baseado na web, comercializado pela empresa americana Neverware. Ele compartilha a mesma base do Chrome OS da Google e similaridades em sua operação e recursos.



Diferentemente do Chrome OS que é distribuído somente nos dispositivos Chrome, o CloudReady pode ser baixado diretamente do site da empresa e instalado livremente em PCs ou MACs. Você pode acessar uma lista de dispositivos homologados no site da empresa.

Note que é possível instalar o sistema em equipamentos que não estão relacionados nesta lista, porém a Neverware não garante seu funcionamento.

O CloudReady é oferecido em 5 soluções diferentes que se adaptam ao seu tipo de negócio ou necessidades pessoais:
  • Education
  • Office 365 Education
  • VDI
  • Enterprise
  • Home
Com exceção da home, todas outras versões se integram com o sistema de gerenciamento de dispositivos da Google e têm um custo anual de licenciamento. As versões Enterprise e VDI já possuem o custo da licença de gerenciamento embutido. Se você quiser ver o preços praticados pode acessar a tabela de preços e funcionalidades no site da empresa.

A versão VDI é otimizada para funcionar como um thin client e tem como foco a integração com as principais ferramentas de virtualização de desktop, tais como: VMware Horizon, Citrix Receiver e Amazon Workspaces. Além, destes 3 produtos, ela também tem suporte para o Remote Desktop Service da Microsoft.

Já a versão Enterprise contempla todas as funcionalidades existentes no projeto que ele se baseia, o Chromium OS. Estes recursos vão desde o gerenciamento completo da plataforma até o acesso a todos aplicativos web disponíveis.

Como visto aqui mesmo no Chrome OS Revolution, o sistema operacional da Google possui diversas características desejáveis do ponto de vista corporativo e como o CloudReady herdou estas funcionalidades, podemos supor que teremos uma experiência similar. Como pontos relevantes temos:

  • Recursos robustos de segurança
  • Facilidade de uso
  • Baixo custo operacional
  • Resistente a malwares
  • Sistema sempre atualizado
Como todos podemos perceber, estes são quesitos importantes para empresas e até mesmo para uso pessoal. É claro que você não conseguirá substituir totalmente o parque da sua empresa por esta plataforma, no entanto, vale a pena considerar a sua utilização onde esta solução trouxer benefícios concretos.

O CloudReady é um sistema jovem e com um grande potencial de crescimento. Este sistema é mais uma alternativa para ser considerada na hora de restruturar a TI da sua empresa. A Neverware oferece suporte por telefone, mail ou chat online já contemplado no custo do licenciamento ou através de fóruns comunitários para a versão home.

Caso você tenha curiosidade em conhecer o Cloudready, faça um download do sistema e verifique você mesmo tudo que vimos aqui.


sábado, 20 de maio de 2017

WannaCry. O que isso representa para os Chromebooks



Na semana passada, o mundo presenciou o maior ataque de ransomware da sua história. Dezenas de milhares de computadores em 99 países sucumbiram a ofensiva que tomou os dados de seus usuários como reféns e até agora não há nenhuma solução efetiva para reverter esta situação. Inúmeras empresas foram atingidas e a única forma de controlar a situação foi aplicar o patch de correção da vulnerabilidade que permitiu o ataque, desabilitar do sistema o cryptolocker e restaurar backups.

Os alvos destes ataques foram computadores com o sistema operacional Windows, que por deficiência, popularidade ou ambas características tem sido a plataforma mais atacada da atualidade. Logicamente um hacker aplicará mais esforços para criar malwares para Windows do que para Chrome OS, porque sabe que a abrangência de seu ataque será 50 vezes maior do que na outra plataforma.

Então porque não considerar uma alternativa que hoje se mostra mais segura? 

Muitas empresas poderiam substituir seu fluxo de trabalho por ferramentas baseadas em modelos web e utilizar clientes mais leves que tem recursos de segurança mais eficientes. Entenda, de forma alguma estou dizendo que este tipo de tecnologia por si só é mais segura que a anterior. Porém a sua natureza centralizada permite concentrar mais esforços em um único ponto para prover maior segurança. Além disso, as empresas que fornecem este tipo de serviço têm grande experiência no assunto e podem oferecer um serviço muito mais confiável do que os especialistas de TI da sua empresa.

Uma vez utilizando tecnologia de nuvem, você pode abrir mão de sistemas mais complexos por um mais fácil de controlar. Talvez seja o momento de considerar a implementação de Chromebooks e se livrar de vez de problemas de segurança iguais a estes.

Se você é gestor de TI se pergunte, poderia aplicar esta tecnologia na minha empresa e dar mais segurança aos meus usuários?

Obrigado e até a próxima.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Sua empresa poderia adotar chromebooks para as tarefas do dia-a-dia?


Sua empresa poderia trocar os computadores com o sistema operacional Windows ou Mac OS pelos os que rodam Chrome OS?

Resposta curta, Sim.

Mas vamos com calma, temos que analisar com detalhe se sua empresa está preparada para adotar estes dispositivos.

Em um primeiro momento, as características destes computadores são o sonho de consumo de qualquer gerente de TI. 
  • Inicialização rápida
  • Altamente portáteis
  • Longa duração de bateria
  • Extremamente seguros
  • Baixo custo de licenciamento
  • Manutenção próximo a zero
Então por que as empresas não estão investindo pesado na aquisição destes dispositivos?

São inúmeros os fatores que podemos citar, mas vamos nos ater somente a 3 que acredito serem os mais impactantes.

Falta de divulgação

Em primeiro lugar não há muito interesse das empresas que produzem este tipo de equipamento em promovê-los, já que a margem de lucro é muito baixa. Não adianta me perguntar, eu não saberia dizer o motivo que leva os fabricantes a investirem nestes tipos de dispositivos, posso chutar que talvez eles não queiram ficar de fora de algo que possa vir a se tornar grande.

Voltando ao ponto, se eles não fazem muita divulgação, dificilmente este assunto vai estar na pauta das reuniões de planejamento estratégico das empresas e por consequência, não serão cogitados para uso.

Medo de errar

Um outro fator está ligado ao aspecto profissional, ora ninguém vai ser demitido por escolher produtos consagrados no mercado. Por este motivo, dificilmente um gerente de TI arriscará sua carreira indicando a substituição de um produto já consolidado por um que está surgindo agora. Ninguém quer ser o primeiro a adotar uma tecnologia que ainda não teve grande cases. 

O medo de arriscar, congela as pessoas e deixa passar grandes oportunidades. Talvez você não seja demitido por arriscar, porém você pode perder a oportunidade de se destacar por não sugerir uma solução que possa trazer redução de custos e aumento de produtividade.

Sistemas legados

Muitas empresas utilizam softwares que não rodam em dispositivos Chrome, então a adoção deste tipo de computador não faz muito sentido para elas. Existem até maneiras de contornar este problema, mas elas são caras e acrescentam mais uma camada de complexidade para se levar em consideração. 

Diversos programas como os suítes de produtividade da Microsoft e Adobe não rodam nativamente neste tipo de computador e isso é um grande problema já que a maioria das empresas utilizam estas ferramentas. Sim o office 365 é uma opção, mas diversas empresas ainda não se sentem à vontade de ter seu dados armazenados em nuvem.

Empresas pioneiras

Apesar dos obstáculos expostos aqui, há exemplos de diversas empresas que ultrapassaram esta barreira e entenderam que valia a pena investir nesta nova tecnologia. Algumas substituíram praticamente 100% de seus endpoints por dispositivos Chrome, outras identificaram áreas de negócio que podiam se beneficiar destes tipos de equipamento e abraçaram a ideia. No final deste artigo, deixarei alguns links que relatam as experiências destas empresas neste campo.

O que você pode fazer?

Se você é um tomador de decisão ou influenciador na sua empresa, recomendo estudar os benefícios que esta plataforma oferece e entender também suas limitações. Tente vislumbrar áreas em sua empresa que possam se beneficiar e que não tenham forte dependência de softwares nativos de outras plataformas.

Por exemplo, um setor de call center ou de atendimento de visitantes, quiosques de autoatendimento, painéis de informação ou mesmo setores que trabalhem exclusivamente com softwares baseados na web são bons candidatos para adotar esta solução. Faça provas de conceito e escolha alguns usuários-chave para um teste piloto e acompanhe de perto o andamento. Tenho certeza, que caso você seja bem sucedido, sua direção ficará satisfeita com a redução de custo e da dor de cabeça relacionado ao gerenciamento dos equipamentos antigos.

Mantenha esta ideia no seu radar

bem, imagine que você fez todo o dever de casa, se informou sobre a tecnologia e entendeu os conceitos, inclusive foi mais longe e fez um laboratório conclusivo, mas descobriu que esta solução não se aplica a sua empresa. 

É uma pena, mas recomendo não desistir da ideia e manter-se antenado na evolução desta tecnologia. Os dispositivos Chrome são relativamente novos no mercado, mas estão evoluindo muito rápido. Atualmente a Google está testando e otimizando apps do Android para rodar nativamente no Chrome OS, que inclusive deve sair da fase beta muito em breve. Quando este novo recurso for disponibilizado, abrirá um leque de opções que podem ser exploradas por qualquer um. Se sua empresa utiliza tablets com Android hoje em dia, poderá substituí-los por dispositivos Chrome e se beneficiar das vantagens do formato mais adaptado para uso corporativo destes tipos de dispositivos.

Bem é isto, caso você tenha interesse em discutir este assunto mais a fundo, fique à vontade para deixar seu comentário abaixo. Ficarei feliz em debater com você. Obrigado e até a próxima.


Estudos de caso (todos em inglês):














domingo, 14 de maio de 2017

Aspectos de segurança dos dispositivos Chrome



O que esperar de um sistema de computação pessoal

Quando o usuário abre um terminal de computador espera que o sistema funcione adequadamente e proporcione segurança para o seu trabalho. Porém, a realidade que estamos acostumados a encontrar é exatamente oposta. Somos constantemente abordados por códigos maliciosos, rasomwares e phishings que tentam induzir-nos a revelar informações sensíveis ou a instalar programas potencialmente perigosos. Os sistemas atuais tem bastante dificuldade em nos proteger, então o que há de errado na abordagem adotada pelos atuais fabricantes de sistemas operacionais?

Podemos debater por horas sobre os principais motivos que levam ao fracasso das implementações de segurança, mas acredito que a principal causa esteja associada ao fato de que estes sistemas foram projetados em uma época em que a segurança não era tão crítica como é hoje em dia.

Na época que estes sistemas foram originalmente construídos não havia o nível de conectividade que existe atualmente. No passado, para acessar os dados do seu computador era necessário possuir acesso físico ao seu dispositivo ou pelo menos estar na mesma rede local que ele se encontrasse, hoje é possível fazê-lo do outro lado do mundo com alguns poucos cliques. É fácil perceber que não havia muito motivo para se preocupar com a segurança naquela época.

Chrome OS, pensado para ser seguro desde a primeira linha de código

A Google é obcecada por segurança. Isto pode ser constatado lendo inúmeros artigos relacionados ao assunto na Internet, então quando seus engenheiros projetaram o sistema operacional para o seu novo computador eles tiveram o cuidado de criar uma solução que refletisse esta filosofia.

Diferente das outras plataformas que tentam resolver o problema adicionando novas camadas de código que muitas vezes não se acoplam perfeitamente na arquitetura de seus sistemas, os projetistas do Chrome OS optaram pela simplicidade e eficiência. O resultado final foi um sistema fácil de usar, performático e confiável.

Recursos de segurança dos dispositivos chrome

Então vejamos os principais mecanismos da arquitetura do Chrome OS desenvolvido para atingir o objetivo de torná-lo seguro para o mundo de hoje. Neste artigo iremos abordar os seguintes pontos: 
  • Inicialização confirmada
  • Partição raiz redundante
  • Sistema de arquivo criptografado
  • Atualização automática
  • Sandboxing
  • Modo de recuperação

Inicialização confirmada

O processo de inicialização do Chome OS divide-se em 3 etapas. Cada uma possuindo seu próprio mecanismo de verificação de integridade para validar a etapa seguinte e posteriormente carregar o SO na RAM do computador. 

Na primeira fase o firmware armazenado na EEPROM faz uma checagem da assinatura digital das imagens componentes da segunda etapa (firmware de leitura e gravação). Caso a verificação seja bem sucedida o controle é transferido para este componente.

O processo continua iniciando um dos dois firmwares que passa agir como boot loader principal enquanto o segundo tem a função de backup. Assim que o firmware assume o controle, verifica, novamente por assinatura digital, a integridade do master boot record, initrd e do kernel do sistema, todos armazenados na memória não volátil do computador.

O Chrome OS garante que a imagem do sistema operacional seja verificada e confirmada contra violação de integridade. Após o firmware responsável pela análise da área não volátil constatar que os componentes de inicialização estão íntegros, o controle é passado para o kernel do SO. O resto do sistema é testado por demanda, verificando bloco a blocos a medida que estes forem sendo requisitados.




Caso a checagem de uma das duas imagens do firmware de leitura e gravação ou ambas falhem, uma das seguintes ações é invocada:
  • Se a imagem principal estiver integra mas a backup não,  é feita uma cópia da primeira imagem para a segunda.
  • Se a imagem principal estiver danificada e a backup integra é feito uma verificação de existência de uma nova versão do firmware, se existir, o novo firmware será instalado, caso contrário, o firmware backup será copiado para a imagem principal.
  • Se ambas tiverem corrompidas, o sistema falha e entra em modo de recuperação e precisará de intervenção manual para corrigir a falha.
Algo semelhante ocorre para a partição de sistema (rootfs) e mecanismos de recuperação são acionados a medida que for necessário. 

Partição raiz redundante

O Chrome OS possui duas partições onde todo o SO é armazenado de forma redundante, Isto permite fornecer um sistema tolerante a falhas. Caso uma partição seja corrompida, o sistema será iniciado a partir da outra partição e corrigirá a danificada em segundo plano.

Este esquema de partição dupla permite também que o Chrome OS execute a atualização do sistema operacional em segundo plano de forma segura e transparente para o usuário, pois caso ocorra uma falha na atualização do sistema que danifique a imagem atualizada, o sistema poderá se recuperar à partir da versão integra.  


Sistema de arquivo criptografado

O Chorme OS é projetado para trabalhar na nuvem, mas permite também que o usuário armazene arquivos localmente. Ele separa os dados do usuário em um sistema de arquivo totalmente criptografado, próprio para esta finalidade. Esta partição é criptografada com chaves individualizadas por usuário. Isso teoricamente evita que seus dados sejam lidos por outras pessoas que tenham acesso físico ao seu dispositivo. A única forma de pessoas não autorizadas acessarem seus dados é por meio de sua sessão ativa (no caso por exemplo que você tenha deixado o seu computador desbloqueado).

Isto é uma grande vantagem para empresas que precisam ter mobilidade, mas que se preocupam por terem seus dados acessados indevidamente por terceiros. Em caso de perda ou roubo, os dados não serão acessíveis de forma legível por estranhos e o dispositivo poderá ser bloqueado remotamente pelo administrador através da ferramenta de gerenciamento de dispositivos do chrome.


Atualização automática

A Google tem um ciclo de liberação de release bem curto, cerca de 6 ou 8 semanas para cada versão, e como poucos usuários se preocupam em atualizar seus sistemas, isso acabaria deixando o sistema vulnerável a ataque de hackers.

Para resolver este problema, a Google optou por forçar a atualização dos seus dispositivos e para garantir que este processo fosse seguro e menos intrusivo possível foi desenvolvido um método de atualização em segundo plano utilizando a partição secundária. Desta forma o usuário recebe atualizações sem impactar a sua produtividade e a atualização é ativada assim que o computador é reiniciado.

Uma vantagem extra dessa solução é que caso a atualização não seja bem sucedida, o sistema reverterá o computador ao último estado válido, evitando que o usuário perca acesso ao sistema.


Sandboxing

No Chrome OS cada aplicações web é isolada em um processo próprio com seu nível de privilégio associado, este recurso chama-se sandbox. Isto cria um isolamento de processos utilizando mecanismos de segurança nativos do próprio Linux.

Este método reforça a segurança, impedindo que um ataque bem sucedido se estenda para todo o ambiente e fique confinado no perímetro do domínio do processo.  O sandbox apesar de ser seguro não é totalmente isento a falhas como já foi demostrado no passado.

É importante observar que este recurso está sendo constantemente aprimorado e novas funcionalidades estão sendo incorporadas regularmente e sempre que uma vulnerabilidade é descoberta, os desenvolvedores tentam corrigi-la o mais rápido possível.


Modo de recuperação

Como visto anteriormente, o Chrome OS tem um método de verificação de integridade de sistema eficiente que garante que uma imagem danificada ou modificada de forma não planejada seja detectada e corrigida. Isso assegura que o usuário execute o sistema de forma confiável.

Porém caso ocorra algum corrompimento da imagem do sistema, o Chrome OS dispõe de um mecanismo para reverter ao seu estado normal de operação. Durante a fase de inicialização, se o sistema determinar que ambas imagens estão danificadas entrará em modo de recuperação e, através de um firmware destinado para esta finalidade, o usuário poderá colocar novamente a casa em ordem.

100% seguro

O Chrome OS é bem projetado e bastante eficiente, sendo considerado um dos sistemas operacionais mais seguros do mercado. Porém em se tratando de tecnologia da informação sabemos que nada é 100% seguro e o Chrome OS não é exceção à regra. Um ataque bem produzido, explorando alguma vulnerabilidade desconhecida, pode contornar os mecanismos de defesa do sistema. Se isso ocorrer o SO ficará vulnerável até que uma nova reinicialização ocorra e a checagem de integridade do sistema corrija o problema.

Um sistema que não é regularmente reiniciado pode ficar comprometido por muito tempo e causar danos irreparáveis ao seu usuário. Por isso é recomendável efetuar reboots regulares em seu dispositivo Chrome.

Todos nós esperamos que a Google continue realizando o ótimo trabalho que vem apresentando até agora e otimize o Chrome OS cada vez mais para que possamos usar nossos computadores de forma mais segura possível.

Este artigo fez uma abordagem superficial dos principais aspectos de segurança do Chrome OS. Espero que vocês tenham apreciado e tido uma boa visão deste assunto. Caso tenham alguma sugestão de tema que gostariam de ver aqui no Chrome OS Revolution deixem seus pedidos nos comentários. Obrigado e até breve.


Fonte de pesquisa:

http://www.chromium.org/chromium-os/chromiumos-design-docs/security-overview
https://pdfs.semanticscholar.org/ad84/299dbbe3008cc47c2b5a0269656059ebc6ef.pdf



quarta-feira, 10 de maio de 2017

VMware e Google reforçam parceria para promover Chromebooks



Nesta terça-feira dia 9, no evento Dell EMC World,  VMware e Google anunciaram a sua parceria para expandir a adoção de dispositivos chrome no ambiente corporativo. Neste evento foi anunciado a ferramenta Workspace One que tem como objetivo gerenciar dispositivos e apps de modo integrado à identidade do usuário.


Este movimento demostra o desejo que a VMware tem em estreitar a parceria com a Google para acelerar a adoção dos dispositivos chrome no mercado corporativo. O momento é oportuno visto que, como apontou o Gartner, a remessa deste tipo de equipamento cresceu 38% em 2016, com previsão de crescimento de 16,3% neste ano.


Isto reforça a legitimidade do uso destes dispositivos no ambiente corporativo, algo visto até então com certo receio por parte dos tomadores de decisão. O mercado aos poucos vem percebendo as vantagens de se utilizar soluções thin clients em uma estrutura de desktop virtuais baseado em servidor (VDI) e os dispositivos chrome fornecem grande facilidade de implantação, gerenciamento e baixo custo para essa finalidade.


Esta ferramenta vem integrar a linha de soluções que a VMware disponibiliza para a plataforma operacional da Google. Esperamos que, a partir de agora, outras empresas se sintam incentivadas a seguir o exemplo da VMware e façam lançamento de produtos para este mercado.